Os futurólogos são unânimes em afirmar que num futuro próximo o bem mais precioso e a razão das guerras será a água. O que hoje se anuncia para o futuro da humanidade já tem sido a experiência de alguns povos por milênios. A música nordestina fala da sede do homem sofrido do sertão: “me dê um copo d’água eu tenho sede e essa sede pode me matar”.
Este fenômeno serviu para ilustrar a vida de alguém quando perde o sentido, perde o vigor, quando a abundância de vida já não existe. O próprio Jesus afirmou “eu sou a água viva quem beber de mim não terá sede ... aquele que beber da água que eu lhe der jamais terá sede de novo”, numa afirmação clara de sua disposição de se dar para amenizar a dor, o sofrimento e trazer algum prazer à existência humana.
Mas estremeço quando continuo pesquisando este tema na bíblia sagrada dos cristãos e me deparo com a situação em que o próprio Cristo agora é quem tem sede, logo Ele que há tantos saciou, trouxe esperança, o sentido do viver, agora está ali, numa pesada cruz, desidratado e clamando: “TENHO SEDE”. A minha alma nordestina me afirma que nem ao inimigo se nega um copo d’água, ainda mais alguém como ele, NOSSO SENHOR. Me estremeço porque o relato seguinte diz que um homem lhe oferece em lugar de água, vinagre.
Este relato pode ser uma parábola das nossas relações inter-pessoais. O Cristo não foi o único a dar o frescor revigorante da água e receber em troca a acidez mortífera do vinagre. Muitas vezes nas nossas relações mais íntimas experimentamos essa triste realidade. Quando mais precisamos de gratidão, de amor, de tratamento igual, mais experimentamos a violência daqueles que agora detêm o poder.
Quantas vezes também nós bradamos: TENHO SEDE e vemos se aproximar alguém que parece ter ouvido o nosso grito desesperado e leva a sua esponja aos nossos lábios e então sentimos o cheiro e o gosto ácido que não sacia, que causa repugnância.
Mas desde criança ouvi: “Cada um dá o que tem”. O Cristo só podia saciar, revigorar, refrescar a vida, era isso que jorrava do seu interior, fazia parte da sua natureza. Ele jamais foi reativo, seu agir não era condicionado pela ação do outro. Mesmo quando era ofendido, massacrado, continuava a ser quem era. O soldado romano só conhecia a dor, o agredir, o massacrar, o fazer sofrer, o reagir com força mortífera, o dominar, o destruir, fazia parte da sua natureza, era isso que jorrava do seu interior, vinagre.
Há pessoas que são assim. Seu interior é podre, ácido, fétido, mesmo quando têm uma boa religião. Há pessoas que não importa o que recebam, estão sempre prontas para derramar o seu vinagre que mata, mesmo àqueles que lhe deram a vida, que foram socorro bem presente na hora da angústia. Seus atos aparentemente generosos de aproximarem-se dos sofridos com a esponja encharcada, na verdade são atos sádicos, são uma expressão da sua alma azeda.
Pior que a escassez de água no futuro, que provocará guerras sangrentas, tem sido a escassez de “água” no espírito humano que faz com que as relações estejam destilando o vinagre que mata hoje.
Roberto Amorim
Este fenômeno serviu para ilustrar a vida de alguém quando perde o sentido, perde o vigor, quando a abundância de vida já não existe. O próprio Jesus afirmou “eu sou a água viva quem beber de mim não terá sede ... aquele que beber da água que eu lhe der jamais terá sede de novo”, numa afirmação clara de sua disposição de se dar para amenizar a dor, o sofrimento e trazer algum prazer à existência humana.
Mas estremeço quando continuo pesquisando este tema na bíblia sagrada dos cristãos e me deparo com a situação em que o próprio Cristo agora é quem tem sede, logo Ele que há tantos saciou, trouxe esperança, o sentido do viver, agora está ali, numa pesada cruz, desidratado e clamando: “TENHO SEDE”. A minha alma nordestina me afirma que nem ao inimigo se nega um copo d’água, ainda mais alguém como ele, NOSSO SENHOR. Me estremeço porque o relato seguinte diz que um homem lhe oferece em lugar de água, vinagre.
Este relato pode ser uma parábola das nossas relações inter-pessoais. O Cristo não foi o único a dar o frescor revigorante da água e receber em troca a acidez mortífera do vinagre. Muitas vezes nas nossas relações mais íntimas experimentamos essa triste realidade. Quando mais precisamos de gratidão, de amor, de tratamento igual, mais experimentamos a violência daqueles que agora detêm o poder.
Quantas vezes também nós bradamos: TENHO SEDE e vemos se aproximar alguém que parece ter ouvido o nosso grito desesperado e leva a sua esponja aos nossos lábios e então sentimos o cheiro e o gosto ácido que não sacia, que causa repugnância.
Mas desde criança ouvi: “Cada um dá o que tem”. O Cristo só podia saciar, revigorar, refrescar a vida, era isso que jorrava do seu interior, fazia parte da sua natureza. Ele jamais foi reativo, seu agir não era condicionado pela ação do outro. Mesmo quando era ofendido, massacrado, continuava a ser quem era. O soldado romano só conhecia a dor, o agredir, o massacrar, o fazer sofrer, o reagir com força mortífera, o dominar, o destruir, fazia parte da sua natureza, era isso que jorrava do seu interior, vinagre.
Há pessoas que são assim. Seu interior é podre, ácido, fétido, mesmo quando têm uma boa religião. Há pessoas que não importa o que recebam, estão sempre prontas para derramar o seu vinagre que mata, mesmo àqueles que lhe deram a vida, que foram socorro bem presente na hora da angústia. Seus atos aparentemente generosos de aproximarem-se dos sofridos com a esponja encharcada, na verdade são atos sádicos, são uma expressão da sua alma azeda.
Pior que a escassez de água no futuro, que provocará guerras sangrentas, tem sido a escassez de “água” no espírito humano que faz com que as relações estejam destilando o vinagre que mata hoje.
Roberto Amorim
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