Amo ver os pais paparicando seus filhinhos. Outro dia vi um pai todo orgulhoso querendo que seus amigos vissem tudo quanto sua filhinha já sabia fazer. “Mostra pro titio que você faz. Mostra filhinha, faz pro titio”, mas a menina insistia em fazer outra coisa. O pai ficou numa situação ‘ridícula’, fazendo ele mesmo o que a criança deveria estar fazendo, e nada. Frustrado e resignado se deu por vencido e justifica: “ela faz direitinho, mas está com vergonha”.
Amo ver porque a cena é cativante, é uma cena amorosa. Mostra que o amor é capaz de valorizar as coisas mais simples. Mostra que quando amamos mesmo as coisas ‘mais insignificantes’ ganham contorno de conquistas extraordinárias.
Pensando essas coisas ‘viajei’ e comecei a pensar em nossa relação filial com nosso Pai do Céu. Pensei na cena do batismo de Jesus e de como o Pai, todo alegria ao ver seu filhão fazendo algo que lhe agrada, declara: ‘este é meu filho. Que prazer que tenho nele! Este menino só me dá alegria’. O Pai convida o universo inteiro, seres desse e do outro mundo a ouvirem a declaração amorosa de um pai apaixonado que se delicia com os pequenos gestos do seu pequenino. Tudo isso acontece por um filho, que sabendo o que seu pai gosta, esforça-se para agradá-lo. A reação paterna é instantânea e maravilhosa: “vejam, este é o meu filho, que me faz feliz”.
Desejei ser um filho assim. E nesses pensamentos me perguntei como saberia o que o Pai deseja que eu faça pra que ele se alegre? Fiquei imaginando Deus me concedendo dons, porque os acha mais afeitos ao meu temperamento e personalidade, algo que se encaixe direitinho comigo e com o meu potencial. Como um pai que compra brinquedos que ajudem seu filho a se desenvolver, e que fica todo feliz ao vê-lo exibindo seus talentos e competências diante dos seus amigos. Fiquei imaginando Deus, como o Pai Maravilhoso, todo feliz ao ver seus filhos “se exibirem” com os dons que Ele lhes dá.
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