Um dos maiores pesos que se carrega na alma é o orgulho. Ele tem sido responsável pelo insucesso de
muitas pessoas e pela queda de outras tantas.
Diz o texto sagrado que o “orgulho precede a queda”.
É tal o poder destrutivo deste sentimento que Jesus dedicou um dos
momentos mais sublimes da sua vida terrena a combatê-lo. Conta-nos João, o Evangelista, que na noite
da última ceia Jesus pegou bacia com água e toalha. Não para lavar os pés dos discípulos, como
erroneamente se pensa, mas para lavar as suas almas. Assim como a massagem nos pés traz benefício
para todo o corpo e para cada órgão em particular, Jesus ao lavar os pés dos
discípulos estava focando a limpeza da alma.
Ao servo de uma casa cabia lavar os pés dos convidados para uma festa,
somente depois de lavados os pés, o convidado podia adentrar para
celebrar. A ceia estava acontecendo, mas
ninguém se propôs a fazer este papel, antes discutiam quem seria o maior. A lama do orgulho dos discípulos só foi lavada,
com a atitude humilde de Jesus de tomar o lugar do servo e servir “aos mais importantes”.
Mas o orgulho não é um sentimento de uma única cara. Ele pode estar travestido inclusive de
pseudo-humildade. Vemos isso claramente
quando o Mestre se aproxima de Pedro para lavar-lhe os pés e este “humildemente”
se recusa a deixar-se lavar – até parecia a atitude piedosa de João, o
Batista. Mas Jesus identifica o DNA do
orgulho e prontamente o combate, declarando que quem não se deixa lavar por
Jesus, não tem parte com Ele.
Os discípulos estavam impedidos de servir ao próximo por causa do
orgulho. Já o orgulho de Pedro quase o impede de entrar na festa da
salvação. O orgulho tem sido causa de
insucesso na vida, infelizmente até dos discípulos de Jesus. Mas assim como fez com os discípulos Jesus
veio para nos livrar dessa carga.
Livre-se, Liberte-se. Vive a
Liberdade que Jesus conquistou pra você.
domingo, 24 de junho de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Olhar Enviezado
Engana-se quem pensa que o jovem Daniel foi lançado na cova dos leões
por razões religiosas ou políticas. As
razões políticas ou religiosas são máscaras, maquiagens que a alma mesquinha se
utiliza para encobrir o verdadeiro motivo: A Inveja.
O invejoso que se preza jamais admite a sua inveja. Quer que pensemos
que o que o leva a perseguir, a falar mal, a manchar a honra de outrem ou desvalorizá-lo
é sempre uma “suposta causa nobre”. O que
me faz crer que todo invejoso é também impostor, mentiroso.
Inveja é uma palavra de origem latina cujo significado literal é “olhar
enviezado”, “olhar torto”. Rubem Alves
diz que uma “coisa ruim mora no olhar do invejoso”. Creio que por isso o seu olhar é “enviezado”,
para que ninguém veja o verdadeiro espírito por trás da inveja. Por ser “torto” distorce tudo, aí o que é
belo parece feio, o que é certo parece errado, o que é bom parece mal.
Disse o poeta: “as invejas dão movimentos demais aos olhos”, sendo
assim é de se crer que no fundo, no fundo todo invejoso tem um coração
perturbado. Os olhos são reflexo do
interior, afinal foi Jesus quem disse: “os olhos são as janelas da alma”, “se
teus olhos forem puros todo o corpo será puro”, pois os olhos refletem o que
acontece por dentro.
Mas o que os portadores desta enfermidade não sabem é que ela tem o
DNA da morte. Primeiro e
preferencialmente da vítima, do Daniel, daquele que detém algo que o invejoso
gostaria de possuir. Mas em última
instância o DNA da morte se manifesta também no próprio invejoso, que ao perceber
que Daniel não foi devorado pelos leões, lança-se cova adentro, porque é melhor
a morte que assistir o triunfo do outro.
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