Quando o assunto é corrupção política nenhuma cidade ganha de Brasília, por razões óbvias, lá está o supra-sumo da 'esperteza' política de cada estado brasileiro. Mas Brasília conseguiu se superar e agora é capaz de mostrar que além de importadora é produtora e exportadora de corrupção e de que os seus corruptos são SEMP TOSHIBA: mais criativos que os corruptos dos outros. Os corruptos de Brasília conseguem unir o moderno: dinheiro na meia, propina do panetone, com a tradicional corrupção coronelista brasileira: compra de testemunhas, intimidação, falsificação, obstrução das investigações e tentativa de atrapalhar o andamento do processo na justiça.
Corrupção em Brasília já não dá ibope, não chega a causar surpresa nem na Pollyanna. Os valores envolvidos já não causam espanto. São sempre milhões. Todos sabemos que os valores surrupiados são suficientes para construir milhares de casas populares, minimizando o eterno déficit habitacional brasileiro, ou comprar equipamentos que saneariam o problema de saúde no Brasil. São sempre valores astronômicos. Mas duas coisas são de causar surpresa quando o assunto é corrupção política no Brasil.
A primeira, é a desmemorização do povo, o Arruda já tinha sido acusado de corrupção e teve que renunciar ao mandato para não ser cassado e perder os direitos políticos por quase uma década. No ano seguinte à sua renúncia voltava ao parlamento como deputado federal e quatro anos depois é eleito em primeiro turno governador do DF, com mais de 50% dos votos válidos. Será que somos masoquistas? Será que encaramos os políticos como um mal necessário e como justiceiros divinos, usados pelo Criador, para nos punir por nossos pecados nesta ou noutras vidas? Alguém já afirmou: “povo desmemoriado, povo vilipendiado”.
A segunda coisa que me chama atenção é a ética dos partidos. Neste caso do DEM, partido dos corruptos de Brasília. Numa tentativa de parecer um partido sério e que não tolera a corrupção, o DEM tão logo percebe que um dos seus filiados tem o seu modus operandi corrupto descoberto, e que haverá prejuízo à imagem do partido e que sua reputação poderá ficar manchada, resolve desfiliar o dito cujo. E com isso esperam que as reportagens dali por diante se refiram ao meliante como um “sem partido”. Fico imaginando se uma empresa aérea resolvesse usar do mesmo expediente após a queda de um dos seus aviões e com medo da sua imagem ficar machada e sua credibilidade afetada e com isso perder clientes, ordenasse que alguém corresse ao local do acidente e apague a logomarca da empresa da fuselagem do avião caído, desfiliando-o da companhia. A imprensa a partir daquela hora deverá se referir ao acidente como o acidente do avião sem companhia. Apesar dessa atitude estética isso não melhoraria em nada nem a segurança dos vôos, nem melhoraria a imagem da companhia perante os passageiros que tivessem um QI mediano. O que traria resultado mais significativo e duradouro seria a companhia aérea prezar pela aquisição de aeronaves mais confiáveis, confortáveis e seguraras, prezar por uma boa manutenção nos equipamentos existentes e assim garantir que não tenhamos mais notícias de acidentes que sempre deixam famílias chorando a dor da perda de entes queridos. Da mesma sorte o DEM deveria, antes de querer descolar a sigla partidária do corrupto apanhado em pleno ato de corrupção, prezar, ainda que com prejuízo eleitoral momentâneo, por filiar pessoas cujo histórico de vida não incluíssem cassação, condenação judicial ou comprovada inidoneidade moral.
A verdadeira, pior e mãe de todas as ‘corrupções’ é a hipocrisia, a dissimulação. A ética do DEM é a ética da hipocrisia, que não trata por dentro, nem de dentro pra fora. É a ética da indignação aparente. É o arrependimento não pelo pecado cometido, mas a confissão por ter sido pego, por se ver exposto e não ter como negar o crime cometido, bem no estilo Arruda quando apanhado no escândalo do painel junto com ACM, cacique do DEM, outrora travestido de PFL. A coisa mais deplorável desse episódio todo não é o crime do Arruda e dos seus asseclas, por isso já esperávamos, já sabíamos que aconteceria, pois é inerente à maioria dos políticos brasileiros independentemente de partido. A pior e mais grave corrupção e que ainda causa alguma indignação é a hipocrisia dos paladinos da moralidade com sua ética do DEMO.
Corrupção em Brasília já não dá ibope, não chega a causar surpresa nem na Pollyanna. Os valores envolvidos já não causam espanto. São sempre milhões. Todos sabemos que os valores surrupiados são suficientes para construir milhares de casas populares, minimizando o eterno déficit habitacional brasileiro, ou comprar equipamentos que saneariam o problema de saúde no Brasil. São sempre valores astronômicos. Mas duas coisas são de causar surpresa quando o assunto é corrupção política no Brasil.
A primeira, é a desmemorização do povo, o Arruda já tinha sido acusado de corrupção e teve que renunciar ao mandato para não ser cassado e perder os direitos políticos por quase uma década. No ano seguinte à sua renúncia voltava ao parlamento como deputado federal e quatro anos depois é eleito em primeiro turno governador do DF, com mais de 50% dos votos válidos. Será que somos masoquistas? Será que encaramos os políticos como um mal necessário e como justiceiros divinos, usados pelo Criador, para nos punir por nossos pecados nesta ou noutras vidas? Alguém já afirmou: “povo desmemoriado, povo vilipendiado”.
A segunda coisa que me chama atenção é a ética dos partidos. Neste caso do DEM, partido dos corruptos de Brasília. Numa tentativa de parecer um partido sério e que não tolera a corrupção, o DEM tão logo percebe que um dos seus filiados tem o seu modus operandi corrupto descoberto, e que haverá prejuízo à imagem do partido e que sua reputação poderá ficar manchada, resolve desfiliar o dito cujo. E com isso esperam que as reportagens dali por diante se refiram ao meliante como um “sem partido”. Fico imaginando se uma empresa aérea resolvesse usar do mesmo expediente após a queda de um dos seus aviões e com medo da sua imagem ficar machada e sua credibilidade afetada e com isso perder clientes, ordenasse que alguém corresse ao local do acidente e apague a logomarca da empresa da fuselagem do avião caído, desfiliando-o da companhia. A imprensa a partir daquela hora deverá se referir ao acidente como o acidente do avião sem companhia. Apesar dessa atitude estética isso não melhoraria em nada nem a segurança dos vôos, nem melhoraria a imagem da companhia perante os passageiros que tivessem um QI mediano. O que traria resultado mais significativo e duradouro seria a companhia aérea prezar pela aquisição de aeronaves mais confiáveis, confortáveis e seguraras, prezar por uma boa manutenção nos equipamentos existentes e assim garantir que não tenhamos mais notícias de acidentes que sempre deixam famílias chorando a dor da perda de entes queridos. Da mesma sorte o DEM deveria, antes de querer descolar a sigla partidária do corrupto apanhado em pleno ato de corrupção, prezar, ainda que com prejuízo eleitoral momentâneo, por filiar pessoas cujo histórico de vida não incluíssem cassação, condenação judicial ou comprovada inidoneidade moral.
A verdadeira, pior e mãe de todas as ‘corrupções’ é a hipocrisia, a dissimulação. A ética do DEM é a ética da hipocrisia, que não trata por dentro, nem de dentro pra fora. É a ética da indignação aparente. É o arrependimento não pelo pecado cometido, mas a confissão por ter sido pego, por se ver exposto e não ter como negar o crime cometido, bem no estilo Arruda quando apanhado no escândalo do painel junto com ACM, cacique do DEM, outrora travestido de PFL. A coisa mais deplorável desse episódio todo não é o crime do Arruda e dos seus asseclas, por isso já esperávamos, já sabíamos que aconteceria, pois é inerente à maioria dos políticos brasileiros independentemente de partido. A pior e mais grave corrupção e que ainda causa alguma indignação é a hipocrisia dos paladinos da moralidade com sua ética do DEMO.
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